No artigo “Contra a III Guerra Mundial”, de Boaventura de Sousa Santos, publicado no JL de 21-01-2024 (e disponível na Internet com o título “A terceira guerra mundial, os BRICS e a salvação do planeta”), o autor lamenta que poucos intelectuais usem a sua influência para contrariar uma nova guerra mundial. O problema é que, para se oporem a uma nova guerra, os intelectuais actuam como educadores. Ora, a educação não se faz de um dia para o outro, ela tem de começar na infância e leva muitos anos. Assim, é de esperar que o esforço dos poucos intelectuais que aceitam esse papel de educadores dos povos seja pouco eficaz.
Daquele artigo destaco o seguinte trecho:
“Como os senhores da História têm desprezo pela impertinência desta sua serva, não previram a resistência anti-colonial do povo palestiniano, desta vez liderado pelo Hamas. A guerra de Israel contra a Palestina é qualitativamente diferente da guerra da Rússia contra a Ucrânia por três razões principais. Por um lado, a primeira é uma guerra colonial de extermínio, a segunda é uma guerra de contenção. Por outro lado, os EUA não são um aliado de Israel. Os EUA são Israel, porque o lobby pró-Israel controla tanto a política interna como a política externa dos EUA.”
Os judeus representam apenas 3% da população dos EUA mas controlam mais de 70% da riqueza deste país, do qual são a minoria mais influente (6 ou 7 judeus controlam mais de 200 das mais destacadas companhias americanas). Compreende-se assim a influência daquela etnia nas eleições americanas e o apoio incondicional que os EUA dão a Israel, qualquer que seja o presidente americano.
Tem sido dito que “Israel é um porta-aviões dos EUA no médio oriente” e que, sem o apoio dos americanos, os sionistas já teriam sido forçados a respeitar os direitos dos palestinianos.
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