A teologia diz que Deus é amor e que é todo-poderoso. Estes dois atributos parecem-me algo contraditórios porque o poder esmaga mas o amor acaricia. A ideia de Deus construída pelo homem é contraditória porque a mente humana também o é.
O homem aspira a ser poderoso e por isso concebe um Deus todo-poderoso. Mas deve ter-se em conta que ao pedir ajuda a Deus estamos a admitir que Ele não é responsável por aquilo que nos acontece.
“O poder tende a corromper, e o poder absoluto corrompe absolutamente.” (Lord Acton)
Por isso a democracia é incompatível com o poder absoluto.
No artigo “Frank Herbert’s Amazing ‘Dune’ Quote”, de Jonathan Miltimore (disponível da Internet), encontrei um pensamento mais convincente do que o anterior:
"Todos os governos sofrem de um problema recorrente: o poder atrai personalidades patológicas. Não é que o poder corrompa, mas é magnético para o corruptível. Estas pessoas têm tendência a embriagar-se com a violência, uma condição na qual se tornam rapidamente viciadas." (Frank Herbert)
Este pensamento assenta como uma luva em vários governantes actuais.
Comentários
Enviar um comentário