O mundo é complexo demais para que o homem possa compreender completamente o seu significado. Por isso têm existido muitas culturas, cada uma delas com a sua visão do mundo. Qualquer visão do mundo é baseada em postulados (indemonstráveis) a que se dá o nome de mitos. Um mito é uma narrativa metafórica que ajuda cada ser humano a entender a sua posição no mundo e a encontrar um significado para a sua vida.
Exemplos: o mito da caverna (de Platão), os mitos da criação do mundo e o mito do Deus Pai.
Os mitos e os rituais são componentes essenciais de qualquer religião. Uma vez que os mitos são crenças sem justificação racional, nenhuma religião pode ser aceite por todos os seres humanos. A visão do mundo de uma pessoa depende da natureza da sua mente e todas as visões do mundo são igualmente boas desde que permitam a um homem respeitar as dignidades de todos os outros.
Devido à enorme variabilidade da mente humana, a universalidade de uma crença é sempre limitada. Mas como diz o filósofo John Gray: “No final de contas, o que importa não é aquilo em que acreditamos. O que importa é a forma como vivemos” (vide post 2024-58). Penso que John Gray está aqui a pensar nas crenças religiosas. Mas é claro que a maneira como uma pessoa vive depende do conjunto das suas crenças. Estas crenças é que definem a pessoa.
A beleza que damos à vida depende das nossas crenças. Se dois conjuntos de crenças permitirem a mesma harmonia entre os seres humanos, eles são equivalentes.
A verdadeira crença em Deus determina uma necessidade permanente de partilhar as boas emoções. Algumas pessoas são crentes por natureza. “Muito do que foi chamado religião carrega uma atitude inconsciente de hostilidade em relação à vida. A verdadeira religião deve ensinar que a vida está cheia de alegrias agradáveis aos olhos de Deus, que o conhecimento sem acção é vazio. Todos os homens devem ver que o ensino da religião por regras e rotina é em grande parte uma farsa. O ensino adequado é reconhecido com facilidade. Pode conhecê-lo sem falhar porque desperta dentro de si aquela sensação que lhe diz que isto é algo que sempre soube.” (Frank Herbert) “Quando a religião e a política viajam na mesma carroça, os condutores acreditam que podem afastar tudo do caminho.” (Frank Herbert) Veja-se o regime teocrático do Irão. Actualmente vemos governantes cometer as piores atrocidades, e ao mesmo tempo a apelar à religiosidade do povo e a invocar Deus com frequência. Estes safados e hipócr...
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